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Coronavírus: elefantes da Tailândia podem morrer de fome com o colapso do turismo

Coronavírus: elefantes da Tailândia podem morrer de fome com o colapso do turismo

Donos de elefantes no país normalmente dependem da renda do turismo para manter animais alimentados e saudáveis; mas, sem receita, opção é abandonar animais.
Mais de mil elefantes podem morrer de fome na Tailândia porque a crise do coronavírus acabou com as receitas do turismo.
A quase total ausência de visitantes significa que muitos dos criadores estão tendo dificuldades para bancar a alimentação dos mais de 4 mil elefantes criados em cativeiro no país.
Os animais podem comer até 200 kg de comida por dia.
“Se não houver apoio para mantê-los seguros, esses elefantes vão morrer de fome ou serem colocados nas ruas. Algumas das fêmeas estão grávidas”, diz Lek Chailert, criador da Fundação Save Elephant (salve elefante, em inglês).
Alguns dos animais podem acabar sendo vendidos para zoológicos ou voltar a trabalhar em madeireiras — seu uso para a indústria da madeira foi oficialmente proibido em 1989.
“É um cenário muito sombrio que vai acontecer a não ser que alguma ajuda financeira seja dada imediatamente”, diz Chailert.
É um desafio manter os animais alimentados e saudáveis mesmo nas melhores épocas, mas agora é a estação seca, o que torna a situação pior ainda.
Kerri McCrea, que administra o santuário de elefantes Mae Chaem, no norte do país, diz que pessoas de um vilarejo local abandonaram cerca de 70 elefantes perto do santuário porque não estão mais recebendo dinheiro do turismo.
“Alimentar elefantes é uma prioridade, mas o problema é que não há mais floresta suficiente para alimentá-los”, diz ela.
McCrae, que nasceu da Irlanda do Norte e fundou o santuário na Tailândia, diz que tem que dirigir até três horas por dia para encontrar mato e milho suficiente para alimentar os cinco elefantes sob seu cuidado.
Ela diz que os cuidadores de elefantes locais são forçados a fazer o mesmo.
O país, que normalmente depende do turismo para uma grande parte do seu crescimento econômico, foi obrigado a fechar as fronteiras para todos os turistas e a maior parte da nação está sob isolamento social.
Elefantes felizes, diz McCrae, normalmente balançam os rabos e agitam as orelhas, e se dão banhos de lama e pó para se refrescar. Mas os animais ficam deprimidos quando estão com fome, e nenhum desses comportamentos tem sido demonstrado por eles.
“O pior cenário é o donos terem que decidir entre eles próprios e os elefantes”, diz ela. “As pessoas aqui não tem muitos recursos, mas estão fazendo o que podem para manter os elefantes vivos por enquanto.”

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