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Freira portuguesa alerta para situação “catastrófica” no Líbano

Freira portuguesa alerta para situação “catastrófica” no Líbano

Uma freira portuguesa que integra uma congregação na Síria lançou quarta-feira (26) um alerta para a situação “catastrófica” no Líbano, onde os cristãos “não têm ninguém que os ajude”.
Numa mensagem divulgada pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), a religiosa Maria Lúcia Ferreira, que vive no Mosteiro de São Tiago Mutilado, na vila de Qara, na Síria, perto da fronteira com o Líbano, diz que a situação neste país está a agravar-se, afectando “profundamente a comunidade cristã”.
“A situação na Síria não é boa, mas no Líbano, neste momento, parece bastante, bastante mais catastrófica”, afirmou a freira, conhecida Irmã Myri.
Segundo a religiosa, citada pela Fundação AIS, “os bancos (no Líbano) estão a limitar os levantamentos de dinheiro e as pessoas fazem filas, mas o que se passa é que desde há uma ou duas semanas deixaram de permitir qualquer levantamento. Isto quer dizer que as pessoas que tinham todas as suas economias nos bancos acabaram sem nada”.
Na mensagem, a freira portuguesa alerta “o país está na bancarrota total” e que, “se as coisas continuam assim, (cerca de) 40 mil famílias cristãs vão emigrar para fora do país para poderem ter que comer”.
A Congregação das Monjas de Unidade de Antioquia está já a lançar projectos de apoio às famílias cristãs libanesas, nomeadamente na área da agricultura, para não deixarem o país.
De acordo com a Irmã Myri, “se cristãos saírem do Líbano, já ninguém pode levantar a cabeça no Médio Oriente, os cristãos já não terão voz no Médio Oriente”.
Segundo uma nota hoje divulgada pela Fundação AIS, a crise económica está a deixar o Líbano “numa situação extremamente delicada, com o empobrecimento acentuado das famílias e a revolta da população”.
“A depreciação da moeda libanesa chegou a um ponto insustentável e os bancos estão a limitar fortemente as transacções, o que está a condicionar ainda mais a própria economia com empresas na falência, o comércio a fechar portas e o desemprego a subir de forma imparável”, acrescenta o documento.

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