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Em dois dias de Campanha eleitoral: Foram registados quatro mortes

Em dois dias de Campanha eleitoral: Foram registados quatro mortes

Em dois dias de actividades ligadas à campanha eleitoral, já se registou um total de quatro mortes. Para além dos dois casos reportados no primeiro dia (31 de Agosto), que tiveram lugar no distrito de Gilé na Zambézia, ontem mais dois casos sucederam em Manica e Zambézia.
O incidente do distrito de Gilé, Zambézia, deu-se quando um simpatizante da Frelimo perdeu a vida após um embate entre a motorizada em que se fazia transportar e um camião quando seguia a caravana do seu partido, no dia 1 de Setembro. O malogrado foi evacuado para o hospital e mais tarde veio a perder a vida. O segundo aconteceu no distrito de Sussundenga, Manica, onde um cidadão perdeu a vida após um acidente entre duas bicicletas ocorrido durante a campanha da Frelimo, no dia 31 de Agosto. O acidente aconteceu quando dois simpatizantes que seguiam a caravana da Frelimo embateram-se, tendo um contraído ferimentos ligeiros e outro perdido a vida horas depois. De acordo com o Boletim produzido pelo Centro de Integridade Publica (CIP), a forma como decorre a campanha eleitoral nos primeiros dois dias é de uma total desordem. Não são respeitadas as mínimas regras de trânsito e a polícia nacional não garante ordem pública e segurança dos cidadãos.
Simpatizantes da Frelimo agredidos gravemente
Simpatizante da Frelimo foi brutalmente agredido por cidadãos desconhecidos, quando este colava cartazes do seu partido no bairro de Seli, distrito do Lago, Niassa. A vítima contraiu ferimentos graves no rosto, de acordo com o boletim do CIP. Ainda segundo a mesma fonte, no distrito de Maúa, ainda em Niassa, outro membro da Frelimo de nome Geraldo Caveto, foi agredido por um grupo de indivíduos que se encontrava a consumir utheka, bebida tradicional. A agressão deu-se quando a vítima tentava convencer os eleitores do povoado de Waracula a votarem na Frelimo, o que terá incomodado alguns moradores que não conseguiram recensear-se devido à constantes avarias do Mobile ID.
Casos de violação da Lei Eleitoral
Uso de meios do Estado para efeitos de propaganda eleitoral, casos de violência e destruição material de propaganda, entre outros ilícitos eleitorais, registaram-se um pouco por todo o país no segundo dia de campanha eleitoral. No distrito de Jangamo, Inhambane, a Frelimo usou uma viatura de marca Nissan Hardbord, dos Serviços Distritais de Educação Juventude e Tecnologia durante a campanha. O mesmo sucedeu no distrito de Mulevala, Zambézia, onde a Frelimo faz uso da viatura dos Serviços Distritais de Planeamento e Infraestruturas para efeitos de campanha. Em Mecúfi, Cabo Delgado, a Frelimo usou viaturas do Serviço Distrital de Educação e da Secretaria Distrital para sua campanha, tendo ocultado as matrículas destas. É proibida a utilização pelos partidos políticos de bens do Estado, órgãos de governação descentralizada provincial e distrital, autarquias locais, institutos autónomos, empresas estatais, empresas públicas e sociedades de capitais exclusiva ou maioritariamente pública, nos termos o artigo 42 da Lei nᵒ 2/2019, de 31 de Maio. No distrito de Xai–Xai, Gaza, supostos simpatizantes da Frelimo retiraram cartazes da Renamo. Outro caso deu-se nas Cidades de Maputo e Matola, onde o material de propaganda da Frelimo foi danificado por desconhecidos. No distrito de Tambara, indivíduo ainda não identificado deslocou-se até a sede da Renamo para colar panfleto da Frelimo por cima do cartaz da perdiz. O caso já foi encaminhado à polícia, apurou o Boletim. No distrito de Derre, Zambézia, membros da Frelimo colaram cartazes do seu partido na porta da casa do assessor da Renamo, na localidade de Gueriça. A danificação ou furto do material de propaganda eleitoral é punível com pena de prisão até 6 meses e multa de 6 a 12 salários mínimos da função pública, segundo dispõe o artigo 185 da Lei 213 da Lei nº 2/2019, de 31 de Maio. (CIP)

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