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Nyusi convida Junta Militar da Renamo a aderir ao processo de DDR

Nyusi convida Junta Militar da Renamo a aderir ao processo de DDR

O Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, convida o líder da Junta Militar da Renamo, Mariano Nhongo, e seus homens a juntarem-se ao processo de Desmilitarização, Desarmamento e Reintegração (DDR).

F ilipe Nyusi falava ontem nas cerimónias do Dia dos Heróis Moçambicanos, reconhecendo como um dos desafi os para a paz em Moçambique. De acordo com Nyusi, o desejo dos moçambicanos é de viver em paz e harmonia, e os ataques armados perpetrados pela chamada Junta Militar da Renamo estão a criar uma instabilidade para o país, em postos localizados das províncias de Manica e Sofala.

O Chefe de Estado referiu que o Governo, a Renamo e a Comunidade Internacional continuam a desarmar, desmobilizar e reintegrar convenientemente os ex-guerrilheiros da Renamo, conforme o acordado por via do diálogo.

“Entre os desafi os com que o país se debate na actualidade, inspirados nos heróis moçambicanos, temos a convicção de que vamos superar, destacando o combate contra o terrorismo, a eliminação dos ataques armados da Junta Militar da Renamo, a resposta à Covid-19 e os efeitos resultantes das mudanças climáticas”, referiu Nyusi.

O Chefe de Estado usou a ocasião para chamar a consciência aos jovens no intervalo dos 14 aos 20 anos que foram recrutados pelos terroristas, para não hesitar retornar às suas famílias, como têm manifestado nos últimos tempos nas suas comunidades.

“Sabemos que não têm coragem de o fazer com receio de retaliações das estruturas locais, e as Forças de Defesa e Segurança tudo farão para os receber em segurança e garantir o vosso enquadramento”, disse Nyusi. Por outro lado, o Chefe de Estado falou da pandemia da Covid-19, que é um verdadeiro fl agelo de dimensões sem precedentes para o mundo, e Moçambique não é excepção.

“Moçambique está neste preciso momento numa situação grave com contaminações a ritmos acelerados, e depois das medidas que anunciamos no passado dia 13 de Janeiro a tendência não mudou para melhor, agravou-se. Registam-se mais casos de contaminações e hospitalizações, elevando-se o número de óbitos. O país está a ver-se na contingência de adoptar medidas cada vez mais restritivas para o bem colectivo de modo a imprimir mais dinamismo na gestão das medidas em curso”, afi rmou Nyusi, para depois abordar a questão dos ciclones e da época chuvosa que normalmente ocorrem entre os meses de Outubro e Abril.

De acordo com Nyusi, nos últimos anos, devido às mudanças climáticas, o país está frequentemente a ser fustigado por esses fenómenos, caracterizados por ciclones que são cada vez mais intensos e acompanhados de chuvas fortes, acrescentando que “depois de termos sido atingidos pelos ciclones Idai e Kenneth, em 2019, em particular o Idai que foi um dos mais devastadores, voltamos a ser devastados pelos ciclones Chalane e Eloise nesta época.

A passagem do ciclone tropical Eloise interrompeu o funcionamento normal dos serviços básicos de educação, saúde, fornecimento de água e energia, comunicação, entre outros”. Ademais, afi rmou que o ciclone perturbou as actividades de subsistência da população como a pesca, com inundações que destruíram milhares de culturas, agrícolas, interrompeu as essenciais vias de comunicação, destruiu habitações e outros edifícios públicos e privados.

“Foi graças a todo este apoio de moçambicanos e parceiros que conseguimos minimizar o sofrimento dos cidadãos, e como ontem e em diversas ocasiões voltamos a reconhecer o repetido esforço das Forças de Defesa e Segurança, do pessoal de saúde, a estes compatriotas que dão o seu máximo na defesa da nossa soberania para salvar vidas e tentam manter o Sistema Nacional de Saúde resiliente”, disse.

O Presidente da República reconheceu o trabalho das instituições e pessoas singulares, locais, provinciais, municipais, instituições vocacionadas, isso é, o Instituto Nacional de Gestão de Redução de Riscos de Desastres, os centros operativos de emergência distritais, os comités locais de gestão e redução de riscos de desastres, a equipa humanitária nacional pelo trabalho. Estes moçambicanos não esperam elogios para manter-se em pé.

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