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PCA do INSS tenta comprar cartas de suporte de candidatura

PCA do INSS tenta comprar cartas de suporte de candidatura

O novo Presidente do Conselho de Administração do INSS, Kabir Ibrahimo, está envolvido num esquema de compra de cartas de suporte de candidatura para a eleição dos novos corpos directivos da Confederação das Associações Económicas (CTA) de Moçambique, agendada para 17 de Dezembro próximo.

O novo PCA do INSS, Kabir Ibrahimo, muito pouco conhecido nas lides empresariais, é proveniente da CTA, onde ocupava o cargo de vice-presidente e presidente da Associação de Comércio e Indústria de Nampula. Aliás, a sua indicação para o cargo de PCA do INSS foi proposta pelo actual presidente do CTA, Agostinho Vuma.

Recorde-se que na tomada de posse do PCA do INSS, o Primeiro-ministro Carlos Agostinho do Rosário recomendou ao PCA do INSS a gerir o sistema com responsabilidade. “É necessário que o Presidente do Conselho de Administração do INSS assegure que o Sistema de Segurança Social seja profissional, competente, transparente e orientado para o bem comum e interesse dos utentes”, afirmou na altura o PM.

Entretanto, em menos de um mês depois de ter tomado posse para gerir a instituição que gere o fundo de pensões dos moçambicanos, uma das mais problemáticas do país, Kabir Ibrahimo esqueceu das palavras do Primeiro-ministro e está envolvido no processo de sucessão na CTA, onde ao lado de Álvaro Massingue tenta subornar membros da organização para emitir cartas de suporte de candidatura em troca de dinheiro.

Os empresários vivem se comprando

Quando se esperava que o que aconteceu nas últimas eleições na CTA não mais se repetisse, o sector empresarial em Moçambique vai vivendo em negociatas, mesmo quando se trata da sua própria organização.

Numa troca de mensagens a que o Zambeze teve acesso, entre Kabir Ibrahimo, que também é vice-presidente da CTA, e o empresário Alberto Soares, da Associação de Turismo de Niassa, o PCA do INSS exibe um cheque de 100 mil meticais para a compra de carta de suporte de candidatura a favor de Álvaro Massingue, o qual o nosso semanário apurou que vai encabeçar uma das listas concorrentes para a direcção da CTA.

Para que um candidato seja aceite na corrida eleitoral à CTA é necessário que a candidatura tenha um mínimo de 10 cartas de suporte, num universo de cerca de 150 membros. É essa guerra que neste momento o sector empresarial nacional está a travar.

O nosso semanário contactou Alberto Soares, tendo este refutado ter sido aliciado tanto pela lista de Álvaro Massingue, assim como pela lista de Agostinho Vuma, mesmo com as provas materiais em nossa posse.

“Essas suas fontes são pessoas mal intencionadas que querem manchar a minha imagem e da minha associação. Eu nunca fui comprado por nenhuma das listas sobre assunto de eleições na CTA”, disse Alberto Soares.

No entanto, o Zambeze está na posse de mensagens trocadas, via WhatsApp, com cheque no valor de 100 mil meticais, cujo titular da conta é Álvaro Massingue, que juntamente com seus parceiros está disposto a tudo fazer para ser presidente da CTA.

Para despistar a atenção quem faz a negociata é o PCA do INSS, mas o cheque em causa está em nome de Álvaro Massingue, datado de 13 de Novembro corrente.

 

Numa das mensagens trocadas pode-se ler “viva brother. Tudo bem? Já tens a carta pronta? Abraços”.

Entretanto, tentativas de ouvir o PCA do INSS redundaram em fracasso. Kabir Ibrahimo não atendeu às nossas chamadas telefónicas e até ao fecho da presente edição não se dignou a responder a nossa mensagem.

Refira-se que pelo menos dois candidatos perfilam para ocupar o cargo mais apetecido no circuito empresarial nacional, nomeadamente Agostinho Vuma, actual presidente da CTA, e Álvaro Massingue, actual vice-presidente do organismo que, curiosamente, chegou a ser, estranhamente, presidente interino da CTA, na sequência do baleamento de Vuma.

 

 

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