Edil de Nhamatanda acusado em todos os sentidos…
O Clima de cortar a faca que se instalou desde o princípio do presente mandato dentro das lideranças ao nível do Conselho Municipal de Nhamatanda em Sofala, está sendo criado pelo facto do edil local António Charmar ter dado confiança a três mulheres da sua confiança íntima e sem formação nenhuma, para lidar com os três principais sectores chaves ao nível, das Finanças, Recursos Humanos e na UGEA.
Segundo fontes do Conselho Autárquico de Nhamatanda, estas três funcionárias da confiança do chefe, para além de serem acusadas de amantizar com o chefe máximo da edilidade, são também acusadas no desvio de fundos da instituição em seu benefício próprio, por vezes à revelia da própria edilidade. Os denunciantes, apontam ainda como sendo grandes evidências de roubo e saque dos fundos do erário público, o facto das mesmas funcionárias estarem já na posse de vários bens pessoais, comprados por valores desviados na instituição, com o destaque para a construção de casas rés-do-chão e primeiro piso, novas viaturas, e de entre outros bens de luxo na posse das acusadas, adquiridos de uma forma clandestina.
Outras acusações que pesam sobre o edil, António Charmar, feitas pelos funcionários, na posse do ZAMBEZE, acusam o edil de ter falsificado a certidão de habilitações literárias da 12ª Classe; de autorizar pagamentos indevidos; de venda de terra; mau uso dos fundos públicos e bens do Estado; assim como adjudicar obras públicas à sua própria empresa.
Segundo a denúncia, o edil, ostenta também uma outra certidão de habilitações literárias (da 12ª Classe) falsa, emitida em 2018, antes de ser eleito como cabeça-de-lista nas eleições autárquicas de 2018 passado, onde consta que o mesmo certificado foi emitido numa escola privada, na cidade da Beira.
Dada esta situação, dizem os denunciantes que a edilidade está sendo gerida por alguns “incompetentes”, a partir do próprio edil de Nhamatanda, para além de que o Estado esteja a gastar fundos públicos pagando salários a funcionários considerados “fantasmas”, que não possuem nenhum vinculo contratual por falta do visto do Tribunal Administrativo.
A mesma denúncia, indica ainda que, naquela instituição, existe uma funcionária com nível superior e formada na área dos Recursos Humanos, mas que nunca lhe foi dada a oportunidade de trabalhar na sua própria área de formação, e outros técnicos da Autarquia, formados em Administração Pública, que nunca exerceram nenhuma actividade laboral nas suas área de formação.
*Edilidade promove um “Tsuname” de Movimentações contra funcionários suspeitos*
Uma semana depois da inspecção da Direcção Provincial das Finanças ter fiscalizado os trabalhos ao nível do Conselho Municipal de Nhamatanda, o edil daquela autarquia, decidiu desencadear uma acção de vingança contra funcionários supostamente inocentes nas acções de denúncias contra a edilidade local.
Trata-se de funcionários que são tidos pela edilidade como aqueles que comparticiparam ou forneceram informações na elaboração do documento que denuncia o edil nas práticas ilícitas, com o destaque para os funcionários que respondem pelos nomes de Vicente de Alcides Vieira que desempenhava as funções de chefe do património na vereação de Finanças e Património para Vereação de Assuntos Sociais – Casa Mortuária, e para este lugar foi indicado o senhor Lavo Ganizane que é o primeiro secretário do Ciclo do Conselho Municipal; igualmente, foi ainda movimentado o funcionário Nhama que desempenhava as suas funções na área dos Recursos Humanos para Vereação de Desenvolvimento Económico Local – Mercados (cobrador); o funcionário Manuel Tomossene de Assuntos Sociais para Secretaria Municipal.
.Em repúdio a este comportamento demonstrado pelo edil, alguns funcionários transferidos compulsivamente das suas vereações, denunciaram também alegados desvios de computadores adquiridos no ano de 2014, ano da Implantação da autarquia, que são tidos como desaparecidos no ano passado de 2019, logo apos o apoio concedido pela Cooperação Alemã GIZ, bem como a Sabotagem das secretárias (mesas).
Os denunciantes, acusam ainda a edilidade de ter desviado os referidos computadores a favor de alguns vereadores e alguns técnicos que usam estes meios nas suas casas para trabalhos pessoais, apontando no concreto, um computador portátil da vereação de construção que desapareceu da instituição, estando neste momento com um funcionário ligado ao vereador de saneamento. Os funcionários dizem ainda que o computador portátil que desapareceu junto de uma funcionária sénior da mesma vereação, pertencente a vereação das finanças e, é usado pelos filhos de uma funcionária tida como “intocável” na Autarquia, incluindo ainda de um outro computador desaparecido no sector dos Assuntos Sociais.
Segundo contam, para além desses meios portáteis, existem ainda outros computadores de mesa que desapareceram sob olhar sereno e impávido dos responsáveis do sector das Finanças e da titular da pasta do património.
Edil parco em palavras
Contactado pela reportagem do nosso jornal, o edil de Nhamatanda, António Charmar, confirmou ter conhecimento da denúncia, porém, disse não corresponder a verdade. Charmar adiantou apenas que a denúncia é feita por pessoas que pretendem, a todo custo, substitui-lo do lugar da presidência municipal, e sem dar mais detalhes deu por encerrada a entrevista, visivelmente revoltado com a nossa presença para o confrontar com as denúncias que pesam sobre si. Z.