Segundo o documento, as pequenas empresas foram as que mais encerraram atividades durante este período, afetando, só nesta classe, 41.394 trabalhadores de todas as províncias do país.

As restrições impostas pela pandemia em Moçambique afetaram um total de 80 mil empresas, instituições que foram obrigadas a encerrar as portas, rescindir ou suspender contratos.

A suspensão de contrato de trabalho é definida como uma “paralisação temporária” e a legislação moçambicana prevê que o empregador pague no primeiro mês 75% do salário, no segundo 50% e, no terceiro, 25%.

“No capítulo da suspensão de contratos foram afetados 62.700 trabalhadores, destacando-se a cidade de Maputo, onde mais de 17 mil trabalhadores ficaram com contratos suspensos “, declarou Adriano Matsinbe, diretor de Estatísticas Setoriais e de Empresas no INE, falando durante a apresentação dos resultados do estudo hoje em Maputo.

Segundo o documento, a rescisão de contratos foi mais adoptada por empresas das províncias de Cabo e Cidade de Maputo, estando a capital, ao lado de Tete e Sofala, entre as que tiveram o maior número de trabalhadores despedidos.

Moçambique viveu com restrições nos últimos cinco meses, no âmbito de dois estados de emergência, um dos quais prorrogado por três vezes, decretados para travar a propagação do novo coronavírus no país.

Na sexta-feira, Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, decretou, por tempo indeterminado, a situação de calamidade pública, mantendo, no geral, restrições, mas definindo a retoma faseada das actividades económicas no país.

Segundo a última actualização do Ministério da Saúde, Moçambique regista um cumulativo de 4.647 infeções, 28 óbitos e 2.715 pessoas dadas como recuperadas.