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ADIN vai “travar” recruntamento de jovens pelos insurgentes

ADIN vai “travar” recruntamento de jovens pelos insurgentes

O Presidente da República , Filipe Nyusi, disse que a Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte, ADIN, vai promover o emprego para os jovens do norte do país, visando impedir o seu recrutamento por grupos armados que atuam na região.

Nyusi enfatizou o impacto da ADIN na geração de oportunidades económicas para os jovens, quando falava durante o lançamento da instituição na cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado.

A ADIN vai trabalhar na promoção de emprego e de oportunidades para os jovens. […] Também vai apostar numa comunicação e linguagem que impeçam que os jovens sejam aliciados por grupos terroristas, disse o Chefe de Estado.

Nyusi salientou que os grupos armados que protagonizam ataques na província de Cabo Delgado exploram a situação de pobreza em que vivem os jovens no norte do país para recrutarem membros.

O Presidente da Republica avançou que outra função da ADINI será o reassentamento temporário ou definitivo de milhares de famílias obrigadas a fugir do conflito armado em Cabo Delgado.

As famílias deslocadas pela violência armada devem ser reassentadas e apoiadas em meios de subsistência, afirmou  Nyusi.

Segundo Filipe Nyusi, a ADIN vai ainda coordenar todas as ações de desenvolvimento não só de Cabo de Delgado, mas também das outras duas províncias da região norte do país, nomeadamente Nampula e Niassa.

Alias, a promoção da segurança alimentar, educação, saúde e desenvolvimento económico estão também no mandato da nova agência.

A ADIN irá assegurar o desenvolvimento integrado e equilibrado das três províncias da região norte, frisou.

Nyusi assinalou que as três províncias têm níveis de pobreza acima de 50%, uma taxa superior à média nacional, apesar do seu enorme potencial em recursos naturais e potencial agrícola. Esse quadro exige ações coordenadas para o desenvolvimento social e económico da região.

 `kits´de pesca na Ilha do Ibo

O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, distribuiu ‘kits’ de pesca à Ilha do Ibo, em Cabo Delgado, num investimento feito no âmbito do apoio da Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte, ADIN.

Houve um investimento feito pela ADIN para assegurar ‘kits’ de pesca e esta é uma das ilhas abrangidas. A Ilha do Ibo tem cerca de três mil pescadores e uma parte deles passa a beneficiar de motores e outras artes de pesca que estão a ser disponibilizadas, disse Celso Correia.

O apoio à Ilha do Ibo enquadra-se nas ações a serem desenvolvidas pela ADIN, entidade estatal fundada para a promoção do desenvolvimento das três províncias da região norte de Moçambique, lançada pelo Presidente da Republica, Filipe Nyusi.

A Ilha do Ibo é uma das regiões que foi severamente afetada pelo ciclone Keneth, que se abateu sobre Cabo Delgado em abril de 2019, provocando a morte de 45 pessoas, além de outras 250 mil afetadas

A Ilha tem recebido centenas de pessoas vindas de distritos próximos que têm sido afetados pela violência armada em Cabo Delgado.

Houve várias tentativas de os insurgentes entrarem [na ilha], mas as Forças de Defesa e Segurança em articulação com a comunidade têm conseguido manter e preservar um ambiente de ordem, disse Celso Correia.

O ministro afirmou que a Ilha vive agora numa situação de paz e segurança, mas alertou que isso não quer dizer que não haja ameaças.

A província de Cabo Delgado é alvo de ataques por grupos armados desde outubro de 2017, que já causaram a morte de, pelo menos, 1.059 pessoas em quase três anos, além da destruição de várias infraestruturas.

De acordo com as Nações Unidas, a violência armada levou à fuga de 250.000 pessoas de distritos afetados pela insegurança, mais a norte da província.

Várias entidades internacionais já classificaram os ataques como uma ameaça terrorista e algumas das ações foram reivindicadas pelo grupo extremista Estado Islâmico.

As Nações Unidas e várias entidades internacionais já classificaram os ataques como uma ameaça ‘jihadista’ e algumas das ações foram reivindicadas pelo Estado Islâmico.

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