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Criação de força conjunta entre Governo de Moçambique e Total levanta dúvidas

Criação de força conjunta entre Governo de Moçambique e Total levanta dúvidas

O memorando assinado entre o Governo de Moçambique e a Total relativo à criação de uma força conjunta para a proteção do projeto de gás natural em Cabo Delgado está a suscitar alguma desconfiança porque não se sabe, por exemplo, qual é fatura que o Estado moçambicano terá de pagar desse entendimento.

O memorando estabelece os termos de intervenção da “Força Tarefa Conjunta”, um contingente militar, na área de Afungi e na zona mais vasta de operação do projeto de gás natural liquefeito, segundo um comunicado emitido, esta semana, em Maputo.

O projecto Mozambique LNG providenciará apoio logístico à referida força.

Os detalhes do memorando não são conhecidos, mas o político Raúl Domingos diz que viria com bons olhos “uma força conjunta da SADC, de que Moçambique faz parte, até para salvaguardar os interesses nacionais”.

“Não tenho detalhes, mas penso que uma força militar conjunta entre o Estado e uma companhia privada pode colocar em causa a soberania nacional”, avançou Domingos.

O académico Calton Cadeado está de acordo, embora considere difícil falar hoje de soberania nacional em termos absolutos como se falava no passado.

“Alguns Estados defendem o seu princípio de soberania, mas sofrem pressões, até de atores não estatais, por exemplo, as companhias multinacionais, que acabam empurrando Estados a tomarem decisões, alegadamente por sua vontade, mas que no final do dia se percebe que é por vontade dessas companhias”, afirmou.

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