Testemunhas descrevem assassinatos arrepiantes de jovens pela polícia

Forças de segurança angolanas encarregadas de implementar as restrições da Covid-19 mataram pelo menos sete pessoas, entre Maio e Julho Do ano em curso, segundo uma nova investigação feita pela Amnistia Internacional e a organização de direitos humanos angolana OMUNGA.
Sendo todas as vítimas jovens e do sexo masculino, a vítima mais jovem tinha apenas 14 anos de idade.
As duas organizações crêem que o número real de mortes será provavelmente muito mais elevado.
Através de entrevistas com amigos e familiares das sete vítimas, assim como testemunhas oculares, a Amnistia Internacional e a OMUNGA conseguiram reunir pormenores sobre os assassinatos.
As forças da ordem angolanas têm repetidamente usado força excessiva e ilegal na sua resposta a infracções às normas do estado de emergência impostas para conter a propagação da Covid-19.
“As histórias que ouvimos de familiares e testemunhas oculares são aflitivas. Um adolescente, que já estava prostrado no chão, ferido, foi baleado no rosto e, um outro foi morto quando a polícia disparou contra um grupo de amigos que jogavam num campo desportivo. O estado de emergência não justifica de forma alguma violações de direitos humanos tão chocantes,” comentou Deprose Muchena, Diretor da Amnistia Internacional para a África Oriental e Austral.
“É imperativo que seja ordenada uma investigação completa, independente, imparcial, transparente e eficaz a estes homicídios e que os seus autores sejam presentes à justiça e submetidos a julgamentos justos. Tem que haver uma supervisão atenta que assegure o cumprimento das normas internacionais de direitos humanos pelas forças de segurança angolanas responsáveis pela aplicação das medidas de prevenção da Covid-19.”
A Amnistia Internacional e a OMUNGA confirmaram o assassinato dos sete jovens pelas forças de segurança. As duas organizações ouviram relatos múltiplos de testemunhas oculares sobre o uso excessivo da força e de armas de fogo pela polícia, que tem frequentemente como alvo as comunidades mais desfavorecidas. Todos os homicídios ocorreram em bairros mais carenciados. Os suspeitos da autoria destes crimes são agentes da Polícia Nacional de Angola (PNA) e das Forças Armadas Angolanas (FAA).
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