Presidente da autarquia da Beira alerta para vulnerabilidade da cidade
O presidente do Conselho Autárquico da Beira, Daviz Simango, alertou para a vulnerabilidade da cidade face às mudanças climáticas, lembrando os impactos do ciclone Idai, quando se assinala o 113.º aniversário daquela cidade.
“A Beira é uma cidade vulnerável e que está sujeita as mudanças climáticas. Quer o Idai, assim como os outros fenómenos de precipitação que afectaram a cidade, mostraram claramente a sua vulnerabilidade”, disse Daviz Simango.
Aquele responsável falava na província de Sofala, durante uma conferência de imprensa convocada por ocasião do 113.º aniversário de elevação da Beira à categoria de cidade.
Para o autarca, a construção de infraestruturas para o escoamento das águas é um dos principais desafios daquela cidade e espera-se que até finais do primeiro semestre de 2021 sejam lançados os concursos para as obras.
“Há um estudo de modelos, para o escoamento, que nós fizemos e, assim, sabemos exatamente quais são as zonas vulneráveis, onde há maior inundação e onde há maiores riscos”, referiu.
Na ocasião, o autarca referiu que já existe um fundo de 60 milhões de euros, disponibilizado pelo Banco Mundial e pelo Governo dos Países Baixos, para a construção das infraestruturas, visando reduzir a vulnerabilidade da Beira.
“A nossa intenção é garantir que a cidade tenha o máximo possível de bacias”, disse.
O ciclone Idai atingiu o centro de Moçambique em março de 2019, provocou 604 mortos e a cidade da Beira, uma das principais do país, foi severamente afectada.
Pouco tempo depois, em Abril, o norte foi afectado pelo ciclone Kenneth, que matou 45 pessoas e afectou outras 250 mil.